Nesta série de vídeos apresentamos cinco erros que a maioria dos motociclistas sem formação comete e, provavelmente, nem sequer percebe. Estes cinco erros estão ligados a mais de 70% dos acidentes e (DICA QUENTE) são todos relacionados à VISÃO.

“A gente só enxerga o que já está preparado para ver”

 

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5º Falta de checagem de espelho (INÉDITO!)

A falta da checagem de espelho é um dos erros mais comuns nos acidentes (quando eu digo “um dos”, vale lembrar que um acidente raramente acontece por um único erro).

Como uma coisa tão simples está tão presente em acidentes?
Resposta: Simples não é igual a fácil.

Fatores associados à checagem de espelho:

  1. Falha comum: simplesmente esquecer de checar os espelhos e só preocupar-se com o que está à frente.
  2. Freqüência: deve-se checar os espelhos antes de qualquer mudança de velocidade e posição e também constantemente (ao menos uma vez a cada 30 segundos).
  3. Checagem correta: intencional e com tempo suficiente para capturar detalhes do trânsito atrás de você, memorizando e criando um mapa mental do trânsito à sua volta.

Por isso, o treino que propomos é quase caricato e deve ser realizado lentamente, mexendo a cabeça para também sinalizar mudanças na pilotagem para quem vem atrás.

1º Achar que os outros te enxergam

Parece óbvio não? Afinal, se o motociclista e outros participantes do trânsito conseguissem enxergar um ao outro a tempo, o acidente jamais aconteceria. O motociclista formado e treinado considera que ninguém o está vendo e fica atento a cada momento. O 1º Erro Mortal no Motociclismo, portanto, é justamente acreditar que os motoristas estão te enxergando. De fato, muitos estão… mas, aquele que pode te matar, não. Não é a toa que em pesquisas na União Europeia a declaração padrão dos motoristas em quase 80% das colisões moto-auto é:

– “Eu não vi o motociclista!”

2º Falta de checagem de ombro

A checagem de ombro é uma manobra básica do motociclismo que, muitas vezes, é ignorada ou absolutamente desconhecida pelos motociclistas. Ela deve ser feita a cada arrancada ou deslocamento lateral, pois, a partir de um ângulo de 45º da sua visão frontal, começa seu ponto cego. Um carro inteiro pode estar escondido ali e vir para cima de você (ou vice-versa). Já escutei de alguns instrutores no Brasil o argumento de que perder a visão frontal por um segundo para fazer a checagem de ombro pode levar ao acidente. Mas perder a visão lateral também!

3º Não executar o “Salva-Vidas”

Mais uma manobra vital do motociclismo, o Salva-Vidas não é cobrado no Brasil e quase não é ensinado em “cursos” de pilotagem (o que eu pessoalmente considero criminoso). Cedo ou tarde, quando você for fazer uma conversão, alguém tentará ultrapassá-lo por fora… “Mas outro não deveria ultrapassar por fora. A culpa é dele!”. Sim, mas quem se machuca mais (ou morre) é o motociclista. “O que eu posso fazer se os outros não enxergam que estou virando?” Pode fazer o Salva-Vidas e não ser pego.

Essa manobra é ensinada em cursos básicos em vários países do mundo, até mesmo para ciclistas. O motivo é simples: pessoas ultrapassam por fora em todos os lugares. Não dá para confiar. O motociclista sábio (e vivo) treina esta manobra até torná-la automática.

4º Fenômeno da fixação de alvo

O fenômeno da fixação de alvo é o erro. O deslocamento visual é a solução.

Por incrível que pareça, isto não é treinado em autoescolas. Quando muito, é mencionado apenas o suficiente para o motociclista não derrubar os cones e pegar a CNH (o que eu chamo de armadilha). Apenas conhecer o fenômeno não vai livrar-lhe de um acidente.

Tanto em baixa quanto em alta velocidade, dominar o deslocamento visual pode salvar a sua vida. Formação e treinamento são a solução. Afinal, você vai querer saber o que fazer se levar uma fechada ou entrar forte demais numa curva que parecia suave e não é…